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Autoconhecimento - “Conhece-te a Ti Mesmo”.


“No final de cada dia interrogai a vossa consciência, passa em revista o que fez em teu dia e perguntai a si mesmo se não faltou ao cumprimento de algum dever, se ninguém teria tido motivo para queixar-se de você”.

L.E. Q. 919 – Santo Agostinho


O nosso amigo espiritual, Frei Antoni nos fala da evolução baseada nos desejos mais íntimos que possuímos no coração, nos fala da evolução pelo Amor.

“O nosso coração só pode falar do que conhece, do que está cheio, do que possui. As nossas reflexões sempre partem dos medos ou desejos, refletimos o mundo a partir dos nossos valores inatos, do meio em que vivemos e dos conhecimentos que adquirimos ao longo de nossa existência.

A vida para nós é uma escola..., em cada acontecimento temos uma nova oportunidade de aprendizagem, acumulo de conhecimento para a resolução de novos problemas que se apresentam, na perspectiva de nossa reforma intima e evolução material, intelectual e moral.

Somos seres “livres” em peregrinação em “terras estranhas”, não temos conhecimento do porvir, somente o Mestre Jesus, governador dos mundos, o conhece. Porém, não devemos nos preocupar com o amanhã terreno porque ele já foi traçado, é oportunidade de aprendizagem e evolução.

Devemos, pois, estar preparados para a presença do amanhã, visto que, em uma fração de segundos ele se torna o ontem. Portanto, é esta fração de segundos, que na vida encarnada terrena, se convencionou chamar de presente. Assim, é na velocidade da luz que passa o presente em nossas vidas”.

No capitulo 04, do Evangelho Segundo o Espiritismo, que está intitulo como: Ninguém pode ver o reino do Deus se não nascer de novo, pois bem, temos nas Instruções dos Espíritos. Item 25 o titulo: A encarnação é uma punição, e somente os Espíritos culpados é que lhe estão sujeitos? O referido texto foi ditado por São Luis e permite-nos realizar uma reflexão sobre a necessidade de nos conhecermos bem para evoluir.

“A passagem dos Espíritos pela vida corpórea é necessária, para que eles possam realizar, com a ajuda do elemento material, os propósitos cuja execução Deus lhes confiou. É ainda necessária por eles mesmos, pois a atividade que então se veem obrigados a desempenhar ajuda-os a desenvolver a inteligência.

Deus, sendo soberanamente justo, deve aquinhoar equitativamente a todos os seus filhos. É por isso que Ele concede a todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de ação”. Visto que, “Todo privilégio seria uma preferência, e toda preferência uma injustiça.

Mas a encarnação, para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, no princípio da existência, como primeira prova do uso que farão do seu livre arbítrio. Os que executam essa tarefa com zelo, sobem rapidamente, e de maneira menos penosa, os primeiros degraus da iniciação, e gozam mais cedo o resultado do seu trabalho.

Os que, ao contrário, fazem mau uso da liberdade que Deus lhes concede, retardam o seu progresso. E é assim que por sua obstinação, podem prolongar indefinidamente a necessidade de se reencarnarem. E é então que a encarnação se torna um castigo”. Portanto, parece-nos que a reencarnação é para os Espíritos renitentes no mau. Assim, a Terra seria mau?

Retornemos as reflexões de Frei Antoni que agora nos diz:

“O Amor deve brotar do coração que ama aos seus semelhantes. O amor é fruto de suas escolhas através do livre arbítrio que todos nós somos providos. Amar é uma ação que vem da alma, nasce do Espírito encarnado, surge da busca em realizar a vontade inquebrantável do Pai.

Portanto, ame da mesma forma e intensidade que é amado pelo Mestre e Senhor deste mundo. Ame ao Pai, pois, ele o ama e lhe oportunizou o momento da vida presente. Onde trilhamos o caminho do espiritismo, somos os interpretes do plano espiritual, são trabalhadores da última hora, na seara do Senhor; somos os mensageiros do Cristo enviados ao mundo encarnados para esclarecer e ensinar sobre o local em que vivem os Espíritos, quando perdem o corpo carnal e partem para infinitude da vida.

Como disse o próprio Cristo Jesus aos seus doze discípulos para que amem-se uns aos outros como ele os tinha amado e nisto seriam reconhecidos como seus seguidores. Assim, devemos nós também – amigos na doutrina espírita – nos amarmos e cuidarmos uns dos outros e seremos reconhecidos como trabalhadores da seara do Senhor. Não esqueças que o coração só pode falar do que está repleto, assim o Amor deve ser sua eterna busca”.

Por Valdecir Martins

Bibliografia:
O Livro dos Espíritos
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Duas Mensagens Psicografadas do Espírito Frei Antoni