Vamos iniciar nossa reflexão com uma frase que
ouvi em um filme de um personagem indiano, “nós deveríamos escolhemos os Pensamentos
como escolhemos uma Roupa a cada Manhã...”. Sendo que a mediunidade é o diálogo
entre o ser encarnado e o Espírito livre do peso da carne, retorno eu ao inicio
de meu desenvolvimento mediúnico e, compartilho com você uma mensagem que transcrevi
em 2010.
“Que o vento do Cristo possa soprar a embarcação
da vida rumo a novos oceanos, onde as belezas estão profundas, a solidão
presente, a vida humana é abstrusa e a água não se saboreia. Porém, o Espírito
de Deus paira sobre as águas da vida.
A solidão abalizar o caminho de contragolpe. Não
para casa do Pai! Mas, ao acontecimento desconhecido. Sou transportado para o
não recinto, onde habitam as almas que não obtiveram o progresso no caminho
instruído pelo Cristo, consentido a nós, transversalmente pelo seu Evangelho.
Este contragolpe ao passado nos arremessa em
colisão a uma realidade que não perfilhamos. Que ajuizamos não pertencer. Este
choque é como uma embarcação a colidir-se contra o cais. Agora é necessário
revigorar a vida e seguir! Içar-se, e com a fé do grão de mostarda, edificar um
novo Ser, com os espólios que restaram da colisão.
Em novos oceanos, onde o incógnito é a constância,
a ausência perceptível e a vida inóspita. É local fértil para perfilhar a nossa
pequenez diante da elevação da natureza designada por Deus e oferecida a nós
como paragem de residência e repouso para os nossos medos, desejos e sonhos.
Assim, como Zaqueu é imperativo buscar a árvore da vida para divisar o mestre.
Na ocasião contemporânea da vida, onde o homem é
afrontado pelo projeto do mundo que, lhe chama invariavelmente para as
frivolidades e deleites dos vícios do consumo. O Cristo está a advier e nós não
impetramos um bom ambiente para vê-lo. Por conseguinte, nos aloquemos a caminho
de oceanos intensos, em busca de generosidades insuetas aos olhos dos homens
que não jazem afeiçoados a vê-las e atentemos da embarcação da vida,
instrumento que nos induzirá na Casa do Pai”.
Com estas palavras iniciais, tão belas do Espírito
que assinou como Um Guardião. Convido-os, a ver a vida com “um novo olhar”,
visto que, estamos imersos em um oceano de iniquidades, a navegar em frágil embarcação
que busca chegar reconstruído e renovado a “Casa de Nosso Pai Maior”, o Deus
criador do Universo.
Leon Denis, no
Livro Depois da Morte, nos traz uma vigorosa reflexão que traduz os nossos
desejos de evolução, em seu tempo de vida em matéria carnal, vejamos o que diz
este autor.
Mas “o
espírito sopra onde quer” e também fora da igreja, entre os heréticos,
prosseguem as manifestações. Porque se mudaram os tempos! No passado, a
comunhão das almas foi sobretudo, o privilégio dos santuários, a preocupação de
alguns limitados grupos de iniciados. O homem, ignorante das leis da Natureza e
da Vida, não podia aprender o ensino que sob os fenômenos se ocultava.
Porém, de
agora em diante o conhecimento da alma e de seus destinos não será mais o
privilegio dos iniciados de dos doutos. A humanidade toda é chamada a
participar dos benefícios espirituais que constituem seu patrimônio. Pois, assim
como o Sol se levanta visível para todos, a luz do além deve irradiar sobre
todas as inteligências, reanimando todos os corações. Portanto, em momento
histórico do surgimento das ciências moderna, também é apresentado ao homem
comum a possibilidade de inserção no dialogo com as “almas” que partiram.
Pertencendo aos não doutos, mas contemplado nos
homens comuns e incluso no processo de dialogo com os Espíritos, pela
mediunidade intuitiva/inspirativa como a define Pietro Ubaldi em sua obra As
Noures, recebi de Józef a seguinte reflexão. “O que este servo do vosso Senhor
pode lhes oferecer? Sou como vós, um aprendiz da verdadeira vida. Ao partir
como o supremo servo, acima dos vossos reis, nada encontrei do que eu pregava
aos que me seguiam. Agora apegado à nova vida, a vida que conhecia, porém
negava, venho de local em local, conhecer com os homens simples o conhecimento
que neguei. A oração que lhe entreguei, onde o servo perdido retorna ao Pai,
demonstra a realidade que encontrei do outro lado da vida”.
Conforme o autor espiritual nos relata, existe
uma “Nova Vida”, onde somos todos nós “aprendizes”, pois, os nossos títulos terrenos
de nada valem. E nos alerta que sabemos desta “verdadeira vida”, mas constantemente
a negamos. Veja a oração da qual Józef nos fala e prepare-se para se emocionar
com um verdadeiro processo de reconhecimento dos erros cometidos e busca da
reforma intima para alcançar a Casa do Pai. Se estiver preparado clique no link
para Oração. Acesse aqui.
Sabendo
da emoção que foi compartilhar das dificuldades de “Um Servo Perdido” que,
também nos reconhecemos nele, busco em Ubaldi a seguinte frase: “para
compreender-me seria necessário saber como vivo, como penso, como sofro e, como
amo”. Portanto, o novo olhar que vos convidei, trata-se de olhar sobre si mesmo
e perguntar, “como vivo, como penso, como sofro e, como amo”, pois, assim
saberemos quem é o Espírito que habita o corpo que costumo chamar de meu.
Continuando as nossas ilações sobre nós mesmo e
a “vida”, recorro novamente ao auxilio da espiritualidade e, compartilho com
vocês o texto que se segue, pois, trata-se de valiosa contribuição para o
conhecimento de nossa trajetória na carne.
“A vida é fruto da vontade do Pai, materializada
a partir de uma única partícula geradora, o fluido cósmico universal. Porém, o
corpo humano possui o fluido vital que lhe oportuniza a movimentação, a
reflexão intelectual e moral e, a sua memorização na consciência. Cada ser
vivente possui a sua história que, transcende os limites de tua visão e
compreensão, não lhe é possível ainda entender os desígnios do Criador. Para nós
e vós, se faz necessário a certeza de que o único caminho a seguir é o do bem e
do Amor. Neste percurso que cada ser vai percorrer para sua necessária
evolução, deves compreender que tudo é energia, nada se faz sem a partícula
geradora que provem do universo governado pelo Pai Criador.
A compreensão da realidade em que estais
vivendo, não é possível sem compreender as energias que compõem os seres
viventes. A vida reside e se realiza no encontro das energias que se atraem
pelo principio da energia criadora. Os encontros se realizam pelo desejo, pelos
sentimentos, pelos desígnios da providencia do Criador. Em cada encontro aflora
a história de cada ser, as lembranças do inato que habita os desejos do
Espírito. É, pois visto aos olhos, não lhe é possível esconder.
Cada ser tem algo para aprender. Mas, o
importante é aprender a aprender, fazer da vida uma reflexão continua do amor
de Deus e do exemplo do filho, sabeis todos vós e nós, que o encontro é das
energias e não dos seres vistos e, não sejas descuidado, visto que no plano das
energias habita seres que não conhecem. As
instituições e os institutos onde os corpos físicos se encontram, consistem em
espaços para que as relações se realizem e, é no espaço do encontro social que
a vida acontece.
A transformação só acontece na troca de saberes
e de energias e, é na dialogicidade da vida que a evolução se realiza. O nossa
orientação para vós, é que preservai as energias dos locais do encontro, pois é
no encontro que a vida acontece e o ser se transforma e o Espírito evolui.
Portanto, vigiai os teus pensamentos, cuidai dos vossos sentimentos e presai
pelos encontros da paz”.
Os Presentes
Após
esta bela reflexão que nos proporcionaram os Espíritos que assinam apenas como
Os Presentes, damos por encerrado este percurso que percorremos juntos na busca
de “Um Novo Olhar” e encerramos com Ubaldi, com um trecho da obra já citada,
que trará da imersão, visto que iniciamos falando de oceanos mais profundos. Os
Espíritos elevados e de luz, “... devem descer para promover a elevação do
homem médio, a ascensão das classes espiritualmente mais baixa, embora ricas,
(...). É lei que o alto se incline para o baixo” (...), para que “o inferior se
eleve é preciso que o superior desça” (...). Temos assim, o “princípio
unificador de fraternidade através do qual chegam as (...) luzes e auxílios espirituais
do Alto”. Portanto, o “Novo Olhar” deve ser um trabalho bem humorado, alegre e
devemos no sentir felizes ao efetiva-lo, visto que, sem o conhecimento de nós
mesmo não há reforma intima – sem diagnostico preciso e correto, não há cura.
Por Valdecir Martins
Bibliografia:
No Invisível – Léon Denis
As Noures – Pietro Ubaldi
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
Mensagens Psicografadas do Espírito Jozéf e Os
Presentes